gabinete@urupa.ro.gov.br | (69) 3413-2218
Oficina de Monitoramento - AGEVISA

Oficina de Monitoramento - AGEVISA

  • Data: 04-08-2023

A Secretaria Municipal de Saúde atraves do Setor de Vigilancia em Saúde realizou uma oficina no dia 03 de Agosto de 2023, o Monitoramento, Acompanhamento e Controle  da Doença de Chagas, Leishmaniose e Esquistossomose. Ofertada pela equipe da AGEVISA.  

Participação dos Profissionais de Saúde do Municipio

  • DOENÇA DE CHAGAS é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada (assintomática), cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.

A doença de Chagas pode apresentar sintomas distintos nas duas fases que se apresenta, que são a aguda e a crônica.
Na fase aguda, os principais sintomas são: febre prolongada (mais de 7 dias); dor de cabeça; fraqueza intensa; inchaço no rosto e pernas. 

No caso de picada do barbeiro, pode aparecer uma lesão semelhante a um furúnculo no local

Após a fase aguda, caso a pessoa não receba tratamento oportuno, ela pode desenvolver a fase crônica da doença, inicialmente sem sintomas (forma indeterminada), podendo, com o passar dos anos, apresentar complicações como: problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca; problemas digestivos, como megacólon e megaesôfago

 

A prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada à forma de transmissão e uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências, por meio da utilização de inseticidas residuais por equipe técnica habilitada. 

Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas. Também recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, etc.) durante a realização de atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em áreas de mata.

Quando o morador encontrar triatomíneos no domicílio:

  • Não esmagar, apertar, bater ou danificar o inseto;
  • Proteger a mão com luva ou saco plástico;
  • Os insetos deverão ser acondicionados em recipientes plásticos, com tampa de rosca para evitar a fuga, preferencialmente vivos;
  • Amostras coletadas em diferentes ambientes (quarto, sala, cozinha, anexo ou silvestre) deverão ser acondicionadas separadamente;
  •  Procurar o serviço de saúde e entregar as amostras coletadas.

 

Em relação à transmissão oral, as principais medidas de prevenção são:

  • Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos suscetíveis à contaminação, com especial atenção ao local de manipulação de alimentos.
  • Instalar a fonte de iluminação distante dos equipamentos de processamento do alimento para evitar a contaminação acidental por vetores atraídos pela luz.
  • Realizar ações de capacitação para manipuladores de alimentos e de profissionais de informação, educação e comunicação.

 

  • A ESQUISTOSSOMOSE é uma doença parasitária, diretamente relacionada ao saneamento precário, causada pelo Schistosoma mansoni. A pessoa adquire a infecção quando entra em contato com água doce onde existam caramujos infectados pelos vermes causadores da esquistossomose. No Brasil, a esquistossomose é conhecida popularmente como “xistose”, “barriga d’água” ou “doença dos caramujos.

A transmissão da esquistossomose ocorre quando o indivíduo, hospedeiro definitivo, infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários que vivem nas águas doces. Após quatro semanas, as larvas abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam livres nas águas naturais. O ser humano adquire a doença pelo contato com essas águas.

 

Sinais e Sintomas

Fase Aguda: Nessa fase da doença, a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas fezes. Além disso, o paciente pode apresentar outros sinais, como: Tonturas; Sensação de plenitude gástrica; Prurido (coceira) anal; Palpitações; Impotência; Emagrecimento; Endurecimento e aumento do fígado.

Fase Aguda: A maioria dos portadores são assintomáticos. No entanto, nessa fase, o paciente infectado por esquistossomose pode apresentar diversos sintomas, como: Febre; Dor de cabeça; Calafrios; Suores; Fraqueza; Falta de apetite; Dor muscular; Tosse; Diarreia.

Caso Grave: Nesse estágio, o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d’água. Se não tratada adequadamente, a esquistossomose pode evoluir e provocar algumas complicações, como, por exemplo: Aumento do fígado; Aumento do baço; Hemorragia digestiva; Hipertensão pulmonar e portal; Morte.

 

A LEISHMANIOSE Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de LT. A doença é transmitida ao ser humano pela picada das fêmeas de flebotomíneos (espécie de mosca) infectadas. 

Os sintomas da Leishmaniose Tegumentar  são lesões na pele e/ou mucosas. As lesões de pele podem ser única, múltiplas, disseminada ou difusa. Elas apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são mais frequentes no nariz, boca e garganta. 

Quando atingem o nariz, podem ocorrer: entupimentos; sangramentos; coriza; aparecimento de crostas; feridas.

Na garganta, os sintomas são: dor ao engolir; rouquidão; tosse.

Os vetores da Leishmaniose Tegumentar são insetos conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. A transmissão da Leishmaniose Tegumentar ocorre pela picada de fêmeas infectadas desses insetos. São numerosos os registros de infecção em animais doméstico.